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Respiração

Interligando o Corpo e a Mente através da Respiração.

A respiração permite ao cantor estabelecer o foco necessário para tomar contato com a sua voz de canto. Os exercícios direcionados de respiração podem ser fundamentais do início do ensaio para criar um portal entre o cotidiano do cantor e o seu universo musical com o grupo, permitindo que a sua atenção permaneça focada na música que será executada durante o ensaio e na experiência musical que ele poderá vivenciar a partir deste contato com a própria voz e a voz do outro.

Segundo Joseph Flummerfelt, regente emérito do Westminster Choir College, tudo começa com a respiração, o meio de abrir-se para a conexão interna mais profunda a um impulso criativo além da estenose de um ego individual. Uma conexão espiritual que permite um fluxo espontâneo somente emerge quando o ego que necessita controlar tenha cedido.

Respirar conscientemente no momento de cantar é capaz de energizar o corpo do cantor e produzir uma sensação de bem estar importante.

A respiração está ligada a propriocepção, ou seja, a capacidade de perceber e sentir o funcionamento do corpo, neste caso, no momento em que os cantores estão respirando ou cantando. A palavra propriocepção também denominada como cinestesia, é o termo utilizado para nomear a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, através da força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades práticas. Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno.

Para que os cantores do coro percebam o processo de respiração, sugerimos que o regente chame a atenção dos cantores durante os exercícios para o tórax, mais precisamente o osso esterno, um osso chato em forma de “T” localizado na parte anterior do tórax, e para a musculatura intercostal, situada entre as costelas e nas costas do cantor. O esterno deve manter-se acomodado sem se elevar durante a respiração evitando o que chamamos popularmente de “peito de pombo” evitando a contração da musculatura do pescoço.

 

Figura(Visualização do Osso Esterno) 

 

(fonte: google imagens)

 

Ao esticar o corpo elevando os braços para cima, por exemplo, os cantores poderão perceber o espaçamento entre as costelas, e será interessante que haja uma orientação do regente para que a sensação corporal de abertura deste espaço seja mantida mesmo quando os braços baixarem na lateral do corpo. Contudo, deve-se respeitar os limites corpóreos, sugerindo que cada cantor respeite o seu próprio limite durante o breve espaço de tempo destinado a execução dos exercícios de alongamento.

Esta sensação de expansão das costelas deverá auxiliar os cantores no processo de perceber e realizar a respiração. O momento do ensaio em que tomamos contato com a respiração profunda é muito importante.

               

"Respirar conscientemente no momento de cantar é capaz de energizar o corpo do cantor e produzir uma sensação de bem estar importante".

O trabalho de respiração deve ser uma prática constante nos ensaios do grupo. Este momento de trabalhar com a respiração do grupo pode ser realizado em cinco minutos sempre no início do ensaio e também entre as canções se for necessário.

 

Apresentamos a seguir alguns exercícios como sugestão para que o regente possa aplicar e experimentar com seu coro.

Respiração 1- "Canudinho Silencioso" (Tomando Contato com a Respiração). 

Respiração 2 - "Organizando a postura através da respiração" 

Respiração 3 - "Controle da emissão do ar" (Dissipando a tensão) 

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